Como não voltar a ter dívidas após as renegociações?

Começa assim: após a perda do emprego, uma separação, a morte de um ente querido e até mesmo uma ajuda a um parente, as contas vão deixando de ser pagas. O dinheiro destinado a outras despesas vai sendo usado para cobri-las, e empréstimos vão sendo tomados para evitar a perda de bens. Resultado: o que começou com dez contas a pagar se multiplica em 50 boletos não pagos, cujos valores correspondem ao dobro e até ao triplo da renda mensal. É o chamado ciclo de dívidas impagáveis.

 

Uma chance de sair desse superendividamento é renegociar esses débitos. Uma oportunidade que existe é o Desenrola, programa do governo federal para renegociação de dívidas. O programa começou em julho e já renegociou mais de R$ 10 bilhões de dívidas de brasileiros que recebem mais de dois salários mínimos mensais e menos de R$ 20 mil. Todas as fases do Desenrola se encerram no final deste ano. Se você seguiu os passos e realizou uma boa renegociação dos débitos, mas agora não deseja cair novamente em uma bola de neve, confira algumas dicas

 

Diminua o seu padrão de vida

 

Quem renegociou dívidas da maneira correta está consciente dos seus gastos, despesas e do seu orçamento. Por isso, cometerá um grande erro caso não diminua o seu padrão de vida ao menos até que as parcelas da dívida estejam quitadas. Ao diminuir o padrão de vida, é possível deixar sobras no orçamento para despesas inesperadas, que podem colocar o pagamento das parcelas da renegociação em risco. Há casos de perda de emprego no qual a recolocação pode acarretar em um salário 30% menor. Nesse caso, pode ser necessário lidar com a diminuição do custo de vida por mais tempo.

 

Faça trocas inteligentes

 

Muita gente se acostuma a sair para comer em restaurante bons, mas em momentos de aperto por que não fazer experiências gourmet em casa e chamar os amigos para que todos colaborem? Se o hábito de sair faz muito bem para a família, espaçar mais essas saídas também pode ser uma solução. Caso o hábito seja comprar roupas de marca, é possível modificá-lo por uma marca similar que seja mais barata e traga o mesmo conforto. O mesmo vale para planos de celulares com padrão de velocidade de internet mais alto ou aparelhos de padrão superior.

 

Busque aumentar a sua renda

 

Para a maioria das pessoas é possível aumentar a renda. Investir em ajuda profissional pode render bons frutos. Um planejador consegue verificar se a pessoa tem habilidades e ajudá-la a encontrar saídas inteligentes para acelerar o fim do processo de superendividamento.

 

Simplifique a sua vida financeira

 

Costuma pagar com cartão de crédito, débito e PIX? Ou, pior, tem cinco contas correntes e cinco cartões de crédito?  Tente concentrar gastos em apenas uma conta e meio de pagamento, de forma a não se enrolar nos cálculos e acabar gastando mais do que pode.

 

Invista em ajuda profissional e terapia

 

Quem já entrou em um ciclo de dívidas impagáveis precisa de apoio profissional, que terá um olhar racional sobre as raízes do problema. Geralmente, há muito comportamento e emoção envolvido nesse processo e não existe uma solução única para todo superendividado. Apesar de ser algo bem desafiador, é um momento importante para ressignificar a vida e os valores. Será que você realmente precisa impressionar as pessoas gastando dinheiro? Fica essa reflexão.

 

 

 

 

Fonte: Adaptado de Revista Amanhã

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